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Abortos espontâneos

Atualizado: 1 de ago. de 2018


Quando engravidamos, nossos sonhos, planos e expectativas nascem junto com o positivo do teste de farmácia, o problema é que nunca imaginamos que eles podem não ser realidade.

Vem um primeiro sangramento, perguntamos ao nosso médico e procuramos em todas as fontes na internet, a princípio não tem nada que se preocupar, é só um sangramento normal e super comum, mas esse sangramento não para e naquela altura já sabemos que não estamos mais carregando aquele pacotinho tão desejado.

Sentimos todos os nossos planos descerem descarga a baixo, nos sentimos a pior mulher do mundo, aquela que não pode "segurar" o filho. Cada ida ao banheiro é seguida de muito choro e tristeza, uma tristeza que nos consome.

Aquela dor nos abate, é uma dor física, é uma dor que dói na alma.

É um momento de extrema fragilidade e só posso agradecer por ter um marido tão sensacional, ajudando a entender o momento, acalmar o choro e chorar junto, porque afinal de contas ele também perdeu um filho.

Sentia, como se tivesse sido cavado um buraco em mim e na verdade foi.

Cada um tem a sua maneira de lidar com a situação e a minha foi contar a todos que gostaria, pra viver meu luto, vivi intensamente, chorei dias seguidos e consegui entender que não era a hora, talvez eu não estivesse pronta, ou meu marido ou nosso neném, mais uma coisa foi boa, percebemos o quanto desejávamos ter um filho.

Se você já passou por isso ou está passando sinta meu abraço fraterno, não tem nada que possa escrever pra ajudar, a única coisa que acho importante é, se permita desmoronar, viva seu luto, seja por um dia, uma semana, um mês... o tanto que for necessário e depois encontre forças para seguir em frente, acredite o cara lá de cima sabe o que faz e não era hora.

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